27 de agosto de 2008

A Impossibilidade de se Ver Adiante

Será que o fato de não podermos ver adiante em nossas vidas é realmente um fator limitador na busca pela felicidade? Não conheço todas as músicas do Lenine... mas fiquei pensando em uma de suas canções (das poucas que conheço).


"Meu amor o que você faria?

Se só te restasse esse dia?

Se o mundo fosse acabar

Me diz o que você faria..."


Percebo que esta é uma pergunta que não poderia ser respondida racionalmente. É preciso muito mais que a razão para entender uma situação assim. Mas mesmo assim não deixa de ser uma pergunta válida! Infelizmente, a maioria esmagadora não tem condições de responder. A incerteza do termino de nossa existência faz com que a ignoremos. Preferimos a segurança das certezas que já temos a perder tempo pensando em coisas que não teremos certeza.


Particularmente, eu não acredito em certezas... ter a certeza de que algo dará certo, que alguma coisa funcionará é jogar com a sorte. É o mesmo que adivinhar o futuro... a única certeza que tenho é que um dia, vamos deixar esta existência.


Mas estranhamente vivemos nossas vidas como se estas não fossem acabar... ou como se a longevidade humana fosse bíblica... algo na casa do 500 anos... essa equação que transforma 75 anos em 500 talvez seja o motivo para deixarmos tanta coisa para depois.


Quem sabe Rogério Flausino não esteja correto? Será que realmente:


"Vivemos esperando

Dias melhores

Dias de paz, dias a mais

Dias que não deixaremos

Para trás"


Não acho que quem espera sempre alcança... não acredito que o tempo é o senhor da razão, talvez a verdade seja que quem espera sempre se acomoda. A espera só é valida quando se sabe exatamente a hora de agir. Eu posso esperar pelo meu programa de tv favorito, pois sei exatamente quando ele começa. Algumas coisas se iniciam após outras... sabendo quando determinada situação terá fim é que poderei iniciar um novo ciclo...


Mas por que esperar para viver o que nos faz bem? Por que aceitar tantas regras impostas na nossa busca por momentos felizes? Por que tantos empecilhos?


A pergunta exata é: "E se só te restasse esse dia?"

25 de agosto de 2008

Releituras

Ler é um hábito saudavel, um ato que nos transporta para um novo mundo. Como é gostoso ler um livro e de imediato nos identificarmos com algum personagem. Li muitos livros no começo da adolescência que me deixaram boas recordações! Aventuras que vivi apenas lendo.


Pensando nisso me lembrei do Filme "A História Sem Fim", aonde o menino Bastian ao ler o livro, era transportado para o mundo de Fantasia para reescrever a história. Eu assisti também às 2 sequências, mas confesso que achei o primeiro melhor! Além da mensagem que há em cada filme, existe uma que eu não me esqueci.


"... Este não é um Livro comum... a história muda cada vez que você a ler!..."


Hoje pensando melhor sobre isso chego a conclusão que muitas vezes não estamos prontos para "aceitar" ou entender novos pontos de vista, novas reflexões, que tudo depende do "momento" em que nos encontramos. Sendo assim, existirá uma grande chance de que, ao ler novamente algum texto, tenhamos uma nova visão ou compreensão daquela mensagem ou até mesmo um entendimento próprio, baseado em nossa própria reflexão.

Ler de novo um livro que marcou nossa memória pode vir a se tornar uma nova descorberta. Isso é explorar a nossa capacidade de reaprender, de olhar por outro ângulo. Que sempre podemos aprender, mesmo que a mensagem seja antiga.


Um livro fantástico que li há muito tempo foi "Fernão Capelo Gaivota".



Dono de uma mensagem tão simples e ao mesmo tempo tão necessária, o livro trata de sonhos, superação, busca da identidade e aceitação.

16 de agosto de 2008

Música - Manifestação dos Sentimentos

Para viver é necessário sentir, mas a cada dia caminhamos para a frieza, vemos a cada dia a banalização das coisas se tornarem mais evidentes, a violência deixou de ser "fascinante" ou assustadora para se tornar apenas um fato comum e rotineiro.


A sensibilidade não é um dom, é um aprendizado! A sensibilidade no torna capaz de entender (mesmo que não compreendamos) os problemas alheios. A sensibilidade é o que nos faz sentir intensamente o mundo a nossa volta, que aguça nossos sentimentos. E na minha pequena visão, somente com os sentimentos "à flor da pele" é que realmente tornamos fantásticas nossas experiências!


As artes são a materialização de sentimentos. A expressão máxima originada da sensibilidade. Cada um se expressa da maneira que melhor flui seus sentimentos.


A música é sem dúvida uma das expressões mais ricas em sentimentos. Gosto muito de teatro, cinema, sou apaixonado pela obra de Frida Kahlo, adoro literatura, mas vejo na música uma ancora para as lembranças... às vezes "de tudo que eu ainda não vi". Para mim, a música tem o poder de marcar! Mais até que as lembranças... escutar uma música que fez trilha sonora de um momento vivido é resgatar todas aquelas emoções (às vezes sofridas). E o engraçado é que esse resgate emocional se dá mesmo que a situação que vivi já não faça mais diferença em minha vida.


E foi com esses olhos que assisti na quarta feira dia 06 ao programa Astros do SBT. Tenho acompanhado o programa para ver as composições, novas criações. Tenho gostado muito! Mas alguém me chamou atenção! Não pela forma com a qual se apresentou, mas pela simplicidade e beleza da composição. Eu realmente fiquei emocionado com a apresentação da Chris Carvalho. Lindo!






A beleza das coisas está na sensibilidade com a qual vemos. Dotados de sensibilidade, encontramos alegria nas pequenas coisas que compõem nosso dia-a-dia. A violência, o descaso, a banalização causada pela mídia nos deixa cegos. Mas basta procurar dentro de si que encontrará a sensibilidade necessária para sentir. Viver só é pleno quando inundado de sentimentos.

15 de agosto de 2008

Imagem - Reflexo Nem Sempre Verdadeiro




Imagem não é nada, já dizia a velha propaganda daquele refrigerante... embora deva discordar que outro liquido qualquer possa realmente "matar" a sede senão a água...


Meu avô sempre dizia que a única coisa que a pessoa tem é o "nome", que por mais que se acumule bens na vida, o que realmente irá importar no final das contas é a forma como somos vistos, a forma como falam de nós. A nossa reputação nos precede. E nem adianta tentar dizer que não se importa pelo que os outros falam de nós, porque em verdade nos importamos sim! Aqueles que não se importam, na maioria das vezes se julgam superiores àqueles que dizem algo. É comum ouvir coisas do tipo: "Não ligue para o que falam "fulano", você é superior a isso..." ou, "Quem é "beltrano" para falar algo de mim?"... pois é... quem é, né? Mas acho que a pergunta certa seria, quem sou eu para pensar que o que outras pessoas falam não me abalam ou influenciam? Será que sou realmente tão superior aos outros ao ponto de me tornar inatingível?


Independente dos motivos que levam alguém a falar em prol ou contra nós, a verdade é que isso influência diretamente na forma como somos vistos, na maneira como nossa "imagem" é construída! Classificações como fofoqueiro, encrenqueiro, mentiroso e ladrão com certeza causam danos, às vezes irreversíveis dependendo da situação em que forem empregados.


Não existe uma formula exata para evitarmos que essas coisas aconteçam. Pessoas que gostam de conversar pelos "cotovelos" estão em todo lugar... não há como fugir disso. Existem várias leis de proteção a integridade moral, muitas vezes nos valemos delas para nos defender. Mas quando chega o ponto de recorrer a uma medida dessas é porque o caldo já entornou, e por mais que tenhamos razão, ficará ainda a mancha. O que é falado de mal causa alvoroço e estardalhaço, mas o que nos falam de bem... quase ninguém escuta.


Independente das relações humanas e da imagem de cada um, o que realmente me incomoda é a responsabilidade, ou melhor, a irresponsabilidade que muitas pessoas tem com a sua imagem. Um bom exemplo disso acontece agora com a chegada das eleições! Começam os comícios, promessas que não serão cumpridas, já ouvi até políticos prometerem realizar ações que, mesmo que se elejam, não conseguirão. Ações cabíveis apenas ao poder judiciário. Mas o povo em sua eterna alienação e, claro, na busca por esperança, acredita. O que torna impossível a mudança é que entendemos que "esperança" é um sinônimo de "esperar" ou melhor, esperar com fé. E por isso nos sentamos e esperamos com fé que aquela "imagem" política irá mudar alguma coisa. Ajudamos a construir aquela imagem... dizem que o retrato do povo são os seus representante legais. Talvez por isso eu odeie tirar foto.


Esperar com fé... é, talvez eu me sente na calçada na esperança que aconteça algo de novo em minha vida... mas creio que a única coisa mais provável seria que eu fosse atropelado. (Atualmente os veículos parecem preferir trafegar pela calçada.)


Ah! Existe ainda aquele tipo de pessoa, muito conhecida na regional aonde mora, detentora de uma imagem de bom cidadão, trabalhador, honesto que costuma participar amplamente nas campanhas de determinados partidos. Novamente na esperança (vide: "esperar sentado e com fé!") de estar favorecendo a comunidade, emprestam sua "imagem" de pessoa integra para defender os interesses de outros (quando com sorte, ao invés de empréstimo, vendem a imagem). Vender a imagem é um bom negócio! Você trabalha a vida toda, constrói um "nome" e, depois... vende! Afinal de contas... Não existe responsabilidade! Não haverá qualquer retaliação a minha imagem caso o "produto" que a tenha estampado não der certo!


Não ficarei falando de política. Já "militei", conheço pessoas que me contaram histórias incríveis sobre os bastidores da falcatrua, vi presidente ser eleito por que tinha uma "imagem linda"! (bom, gosto é gosto...) na verdade... Acredito que mesmo que alguém tenha boas intenções ao ingressar na política, nada poderá fazer... Uma maçã dentro de uma sacola de outras frutas estragadas com certeza apodrecerá também. Tenho uma solução básica e simples para resolver esse problema... muito simples mesmo (boba até!)... é uma solução radical, mas isso não é assunto para agora...


Falando em venda de "imagens" sem responsabilidade... fico abismado como existem inúmeros bens de consumo com a imagem de pessoas públicas... Basta entrar no supermercado e está lá! Prateleiras lotadas de itens com fotos de algum artista consagrado. Fico me perguntando se realmente tal pessoa, famosa, praticamente uma celebridade utiliza mesmo aqueles produtos. Fico observando como é tão fácil endossar um produto... basta participar de alguma campanha publicitária, ter um bom agente, chegar a um acordo financeiro agradável, assinar um contrato... e pronto! Caso o produto seja uma farsa... ou pior, prejudique de alguma forma o consumidor, apenas a empresa fabricante daquele produto será responsável!! E nessa hora, cadê o "famoso"??


Vivemos num mundo de ídolos... a todo momento tietes correm desesperadas de um lado para outro atrás de uma caligrafia ordinária em um bloco de recados... se vangloriam em seus fã-clubes dos garranchos rabiscados em pedaços de papéis amontoados e exaltados como troféus.


É claro!! Não entendam-me mal!! É muito importante enaltecer o trabalho, a arte e a humanidade das pessoas! Ser fã do trabalho de alguém é muito saudável, muitas vezes a arte criada por alguém nos serve de fonte de inspiração!


Mas o que quero dizer é que, as pessoas que vendem suas imagens impulsionam as vendas desses produtos, Mas em suma, não possuem nenhuma responsabilidade. Sem perceberem ajudam a manter um mercado vicioso por endossarem coisas ou pessoas que, não fazem a menor idéia do que ou de quem sejam! Aonde está a responsabilidade destas pessoas com seus fãs?


Uma vez fui a um "showmicio" (ok, política só mais um pouquinho), Após o mesmo blá-blá-blá de sempre, o candidato trouxe ao palco improvisado uma dupla sertaneja. Bom, a dupla elogiou o político, abraçou! Falaram bastante sobre os "pobremas" que teriam solução... (e repetiram "pobremas" várias vezes...) e no final do pequeno discurso um dos cantores disse que se o "Fulano" fosse eleito prefeito, muita coisa iria mudar para melhor!! (um pequeno detalhe... o "fulano" era candidato a Deputado Estadual)... Bom, esse erro foi corrigido minutos depois da gafe, mas na ocasião, não me espantei com o português bem falado da dupla, nem com a ignorância que demonstraram não apenas ao errarem o cargo do candidato, mas também por serem evasivos sobre os tais "pobremas" da região... afinal de contas, eles não estavam ali para discursar... e sim para endossar a candidatura... e foi isso que fizeram. O que realmente me espantou foi como a campanha "publicitária" que este candidato fez o elegeu! A maioria do povo o elegeu pelo simples fato de que várias "imagens" o apoiaram...


Mas e quando acontece algum problema? Aonde estão estes “endossos”? Essas "imagens"? Talvez gastando o dinheiro ganho de seu "cachê"... Eu sei disso... Eu sei que isso acontece... programas de tv que recebem dinheiro para promover câmeras digitais de péssima qualidade, aonde o anunciante insiste em dizer que você pode até estar morto que mesmo assim não haverá restrições para que a venda seja feita (e muitas vezes ajudado pelo apresentador do programa!). Eu vejo isso acontecer... acredito que você também veja... Mas a grande maioria está cega a esses fatos.


Usamos o famoso detergente que limpa mesmo com uma gota diluída em 2 litros de água, as tintas de cabelo que tem a foto da dançarina das pernas grandes, a câmera campeã em reclamações na internet que custa quase o triplo de uma de marca famosa. O shampoo!! Ah, o shampoo... que promete mundos e fundos aos donos de cabelos crespos, endossado por alguém que, devido à etnia européia, com certeza nunca usou!! Usamos produtos endossados por pessoas que embora afirmem a eficácia de determinado item, não possuem outra função que não seja a de "alugar" sua credibilidade a produtos com o uso de sua imagem.


Será que usamos bem a nossa imagem? Será que realmente não nos importamos com a imagem que fazem de nós? E a imagem que passamos às pessoas que devemos algum respeito e ou educação? Ou no fim a propaganda é que está certa... afinal, "Imagem não é nada, sede é tudo..."

11 de agosto de 2008

O Valor das Idéias

Pensar, raciocinar, é um dom, presente divino dado a nós, seres humanos. Do pensamento livre criamos nosso mundo, definimos quem somos e como vemos e ou reagimos às coisas. Do pensamento vem a necessidade de expressão. Expressar o que pensamos e sentimos é vital para o amadurecimento humano. Colocar nossas idéias em contraste com outras nos torna analíticos. Usamos a arte para transformar em concreto o nosso pensamento abstrato.


Mas é interessante ver que poucas pessoas tenham coragem de defender seus pontos de vista. Às vezes por medo de represálias. Quando me refiro a retaliações por causa do que pensamos, não quero dizer sobre pensamentos cotidianos, como gostos por cores e sabores. Existe no âmago de cada um uma consciência livre, ora travessa, ora séria, mas sempre honesta que busca nexo no raciocínio que faz por meio de reflexão.


Estranho é, que após algum reconhecimento pessoal, algumas pessoas começam a experimentar a liberdade de dizer o que pensam. E fortalecidas nesse reconhecimento, muitas das vezes não merecido, iniciam um “chuva”de besteiras. Falam absurdos imensos apoiadas por uma legião de surdos que sequer procuram entender o que foi dito, simplesmente aceitam devido a origem dessas palavras, afinal, partiu de alguém que recebeu reconhecimento, que detém algum tipo de status. Idéias essas, muitas vezes contraditórias ao que julgavam ser o certo, mas dado que tal pessoa que proferiu “aquelas” palavras é alguém público, as “besteiras” passam a significar a verdade absoluta e indiscutível.


Ainda há aqueles que se valem do anonimato, da segurança de não terem suas idéias rebatidas, para “gritarem” aos quatro ventos idiotices sobre assuntos que mal conhecem. Algumas dessas pessoas nem se deram ao trabalho de pensar a respeito, apenas repetem o que ouviram, e muitas vezes acabam dizendo coisas absurdas. Existem também outras pessoas que, por vários motivos, são manipuladas para se tornarem portadores da opinião de alguém que, além de disseminar uma idéia que não tem coragem de expor, ficará por trás das cortinas vendo os acontecimentos desencadeados.


Talvez tenha ficado um pouco vago o que quis dizer, mas sei que “todos” já perderam algum amigo por “idéias” disseminadas por alguma mente cruel. Boatos e ou verdades envolvendo nosso nome, feitos unicamente para magoar alguém são acontecimentos muito comuns em nossa vida. Por muitas vezes nos calamos por temer o que poderá acontecer caso digamos o que realmente pensamos de determinada situação.




"Cogito, ergo sum" (Penso, logo existo) René Descartes, filósofo, físico e matemático francês, "o criador da filosofia moderna" e "pai da matemática moderna".


Ok, eu sei que quando Descartes disse essa frase, ele se referiu a prova da existência do próprio eu. Mas farei uso de uma outra interpretação, ou melhor... vou completa-la! Se “penso, logo existo” então seria certo dizer que, “se existo, mas não digo ou manifesto o que penso, logo não vivo!”.


Falamos muito, mas dizemos muito pouco... vivemos com receio (e ou medo!) de dizer o que realmente pensamos... E muitas vezes somos ridicularizados após manifestar uma idéia. Mas interessante é observar que basta se tornar famoso, célebre, popular para termos nossas idéias aceitas como parte de alguma verdade. Isso sim é assustador.


Mesmo grandes pessoas tiveram medo de expor suas idéias. Carlos Drummond de Andrade, poeta mineiro, formado em farmácia, com obra publicada em 13 línguas, inclusive em latim e braile. Dono de uma biografia fantástica, teve após a morte mais alguns livros publicados, entre eles O amor natural" (poemas eróticos).



Fico pensando se este livro realmente seria publicado caso Drummond ainda vivesse... não posso afirmar nada, mas me lembro bem do ano de 1992, da publicação do livro pela editora Record... porém, a lembrança que tenho mais forte é a das críticas que o livro recebeu.


Direi aqui que, a poesia pode ser extraída de qualquer visão que se tenha... de qualquer pensamento ou sentimento... basta para isso se expressar... mas o que é bem curioso é que, se fosse eu que tivesse publicado tal livro... com o mesmo conteúdo, ou melhor, se fosse eu que tivesse a chave da casa de Drummond, e tivesse entrado em sua residência, recolhido esse material e publicado em meu nome... ai as coisas teriam sido totalmente diferentes... O status que Drummond alcançou em vida lhe deu o privilégio de ter publicado este livro... e tenho certeza que seria um sucesso mesmo se este tivesse sido publicado quando o poeta ainda estava vivo. Mas se ele fosse apenas mais um qualquer... AH, com certeza seria reconhecido apenas como mais um velho tarado.


Assim são as idéias. Uma idéia não manifestada não passa de um mero pensamento preso, que em breve será esquecido... uma idéia lançada ao vento está sujeita a interpretação. Agora, dependendo de quem a pessoa é... ou o que ela faz na vida... não precisa pensar, raciocinar... apenas dizer alguma bobagem...


Minha cabeça fervilha a cada momento de pensamentos e idéias, algumas me sinto livre para expressar... mas a grande maioria não pode ser dita de qualquer maneira, não pelo fato de que não tenha coragem... muito pelo contrario... pago um preço muito grande pela coragem que tenho... mas sim porque não podem ser ditas sem o prévio conhecimento de quem as escuta. Infelizmente não encontrei muitas pessoas aptas a me escutar.


A grande maioria das pessoas quando escutam coisas que não fazem parte da realidade delas tendem a classificar estas idéias como subversivas, errôneas, ou devaneios. Mas há que se saber que uma idéia guardada é uma semente que não germinará. Homens morrem... mas as idéias permanecem...